• Ética Ambiental




    Sendo o homem capaz de refletir, pois é tomado de raciocínio, consciência e abstração, tem a capacidade de reconhecer-se e reconhecer o outro (como um fim em sí mesma), criar comportamentos, atribuindo significados e construindo relações, neste processo, a cultura se constrói. Essa relação entre os indivíduos ou indivíduo e meio, chamo de ecologia.

    É justamente essa tomada de consciência que concebe o homem seu valor intrínseco, ou seja, valor que uma coisa tem em sí, independentemente de todas as outras, assim, tornando-se a uma única espécie a possuir dignidade.

    Mas, não conseguimos discernir o que nos distingue e também o que nos une, vivenciamos uma crise de paradigma. Nessa ausência de limites, o homem se atrofia e com ele, tudo o que o cerca.
    Somos parte de um ecossistema, fazemos parte da evolução, mas a visão fragmentada da realidade, do conhecimento, condiciona ao homem o comportamento individualista, não nos sentimos parte, não entendemos o todo, mesmo fazendo parte de uma espécie que demanda o entendimento e carece da especulação.

    A razão humana, representada pela ciência, parece que superará todos os problemas éticos e não éticos que se apresentam. E o comportamento?

    Ética, como área de conhecimento, estuda e investiga o comportamento moral do homem. É um valor teórico, não normativo e universalizado, cada cultura torna-se relativa. Assim, resultado somente na ética relacionada às relações profissionais (Código de Ética Profissional).

    Dessa forma, o que irá decidir é o compromisso criado por nós, mesmo que esse, ainda de forma disfarçada.

    Finalizo com aquele conceito de valor intrínseco, porque conseguimos atribuí-lo a um animal de estimação, e não conseguimos a um frango? Porque criticamos a caça as baleias, e não nos importamos com a pecuária?

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